sexta-feira, 20 de abril de 2012

o mundo está cheio de ...


Ao aceitar o desafio deixado pela minha “página-metade” percebi que tenho perdido tempo, precioso e que não tenho, com livros que não mereceram definitivamente a oportunidade que lhes foi dada (muitos não viram a sua capa publicada aqui), enquanto outros, esquecidos, esperam pacientemente por um pouco de atenção enquanto não são retirados de uma qualquer prateleira.

Assim, consultei os meus botões e a solução passaria por fazer uma lista. Depois de passar os olhos por outras publicadas, compostas por vários autores e respetivas obras, consegui selecionar uma série de nomes, algumas estreias, verdadeiros desconhecidos, alguns desenterrados das brumas da memórias e muitos nomes familiares.

O próximo passo foi tentar perceber se estariam publicados neste nosso pequeno país onde a língua que falamos não é a mesma da do resto do mundo no que toca a livros.
Não foi por isso uma surpresa perceber que muitos estão esgotados ou não se encontram publicados/traduzidos e, aqueles, poucos, que têm a honra de o ser vão continuar no anonimato penalizados pelo preço a que são disponibilizados ao público em geral. Não há carteira portuguesa que resista à máfia literária instalada, quando vemos a versão original custar menos de um terço do valor da obra traduzida disponibilizada pelas nossas editoras (quer-me parecer que o grafismo da capa, o papel ou o tamanho da letra estão a ser excessivamente valorizados em relação ao conteúdo!).

Mas pensando bem, quem é que hoje em dia ainda lê os clássicos? Génios da literatura universal versus literatura de cordel/light e outra que não consigo sequer caracterizar como tal – a batalha está definitivamente perdida!

A solução vai passar por continuar a palmilhar as ditas Feiras do Livro e sítios virtuais equiparados onde por vezes se conseguem verdadeiras pechinchas, com alguma sorte à mistura a querer provar que é possível vender barato sem perder lucro.

Deixo-vos os primeiros que já moravam lá por casa e que já nem recordava ter: 
A Divina Comédia – Dante Alighieri; Os Contos de Cantuária – Geoffrey Chaucer; Evanhoe – Walter Scott; Moby Dick - Herman Melville; A Um Deus Desconhecido – John Steinbeck; Grandes Esperanças – Charles Dickens; O Americano Tranquilo – Graham Greene; Livro do Desassossego – Fernando Pessoa; Frankenstein – Mary Shelley e Orgulho e Preconceito – Jane Austen, entre outros. Irei publicar em breve as primeiras impressões de uma lista que promete ser longa...

2 comentários:

GONIO disse...

Partner, em vez de "A um deus desconhecido" lê "As vinhas da ira", do mesmo Steinbeck...
E mais não digo ;)

Marginália disse...

"as vinhas da ira" já conheceram vários começos e não consigo passar das primeiras páginas...por isso decidi conhecer steinbeck através de uma obra mais soft