quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os Pilares da Terra I






A narrativa passa-se na Inglaterra do século XII. Seguimos de perto a Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras que acalenta o desejo de construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime e capaz de tocar os céus. Perseguindo esse sonho, embarcamos com ele e a sua família numa viagem perigosa. A caminhada é longa e várias personagens cruzam o nosso caminho. Inevitavelmente o destino de cada uma delas entrelaça-se com o seu de uma forma misteriosa e surpreendente, como mais tarde iremos perceber.
Encontramos um colorido mosaico de personagens: além de Tom Pedreiro, o singular Prior Philip, que com a sua astúcia consegue frustrar os planos ambiciosos de Henry e Waleran, ambos sedentos de poder; Aliena e Richard caídos em desgraça depois de o pai ser preso e a Família Hamleigh que não olha a meios para se fazer respeitar.
Diz quem sabe que o estilo inconfundível de mestre do suspense está bem patente no desenrolar desta história épica, tecida de intrigas, aventuras e lutas políticas. Assistimos à descrição de um período da Idade Média a que não faltou emotividade, poder, vingança e traição.
Penso que a primeira parte do livro prepara-nos para o que está para vir. Tudo gira à volta de um turbilhão de sentimentos contraditórios: o sentido de justiça/injustiça, a crueldade com que determinados actos são praticados, a ambição e a soberba de quem não olha a meios para atingir os seus fins; a entreajuda desinteressada que move algumas das personagens e no final o que cada um vai colher com os seus feitos.



> (revisto depois de ler Os Pilares da Terra – Vol. II)

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