quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ninguém Escreve ao Coronel

“Ninguém Escreve ao Coronel” pode dizer-se que é um conto grande, no qual já se começam a ver as linhas da obra que lhe havia de dar o Nobel em 1982: Macondo e o coronel Aureliano Buendia, que marcam “Cem Anos de Solidão”, já aparecem neste romance de 1957.

Este pequeno romance anda à volta de um casal de velhotes cujo filho foi assassinado devido à luta de galos, e que recebem como herança do malogrado filho um galo de combate. Os velhotes, sem recursos para comer, ainda têm de alimentar o galo...

Para além disso, “num estilo puro e transparente, com uma economia expressiva excepcional que marcava já o seu futuro como escritor, García Márquez narra com brilho inaudito a história de uma injustiça e violência: um pobre coronel reformado vai ao porto esperar, todas as sextas-feiras, a chegada de uma carta oficial que responda à justa reclamação dos seus direitos por serviços prestados à pátria. Mas a pátria permanece muda.” (D. Quixote).

Sem comentários: