domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Profecia Celestina

“Um livro que surge uma vez na vida para mudar a vida para sempre”
É assim, logo na capa, que se apresenta este livro de James Redfield. A história trata de uma profecia revelada a vários tempos. Ao todo, aqui vão sendo desvendadas nove revelações, como se fossem etapas da vida. Não apenas da vida de uma pessoa concreta, mas também como etapas da humanidade.
Um manuscrito encontrado no Peru está na base de uma série de acontecimentos, de “coincidências significativas”, na vida das personagens. Inesperadamente o narrador toma conhecimento da Primeira Revelação numa conversa de café com uma amiga, e parte para o Peru. As coincidências começam a encaixar, a formar um puzzle… “a Primeira Revelação acontece quando tomamos consciência das coincidências que ocorrem na nossa vida”.
A história vai-se desenrolando, alinhando aparentes acasos, e página após página as revelações vão surgindo. Entre encontros inesperados, perseguições, fugas, momentos de êxtase… No Peru há quem não queira que o conteúdo do manuscrito seja revelado e faça tudo para evitar que as peças se juntem: o governo e a Igreja. Ambos temem que a divulgação do conteúdo das revelações ponha em causa o seu poder e autoridade.

Este é um livro ao qual se pode aplicar o slogan de Pessoa para a Coca Cola: primeiro estranha-se, depois entranha-se…
Aos poucos o enredo começa a absorver-nos. As revelações começam a fazer sentido, a encaixar. A curiosidade aumenta e queremos saber mais de cada revelação, queremos aprofundar o seu conteúdo. Nessa vertente, o livro sabe a pouco. No entanto, a cada página é como se desvendássemos um pouco do segredo. Não apenas em relação à história do livro, mas sobre a nossa vida, a nossa realidade e interacção com os outros. Abrimos portas, passamos a ver o mundo – o nosso mundo, o nosso dia-a-dia – com outros olhos. Nesse aspecto é um livro absolutamente enriquecedor.

“A Profecia Celestina não é apenas a história de uma aventura e de uma descoberta; é, sobretudo, um guia com o poder de reinventar as nossas percepções existenciais e de nos conduzir em direcção ao futuro com renovado optimismo e energia”.

E tudo é energia e interacção…
E é preciso estar a tento às coincidências significativas do dia-a-dia… Nada acontece por acaso.
“Quando alguém se cruza no nosso caminho, traz sempre uma mensagem para nós. Encontros fortuitos são coisa que não existe. Mas o modo como respondemos a esses encontros determina se estamos à atura de recebermos a mensagem.”