quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O meu amante de domingo

Neste livro, Alexandra Lucas Coelho conta-nos a raiva de uma mulher do Canidelo, Gaia, que quer assassinar o seu amante de domingo. 
(Às tantas dei comigo a pensar na série de BD Mulheres Alteradas, da Maitena).
Sem papas na língua, e num estilo repentino e veloz, esta mulher conduz-nos por várias referências, por várias aventuras, por outros tantos encontros, rumo ao seu objectivo.

Escrito em dois meses durante o verão de 2014, lê-se de uma assentada. E ficamos com vontade de mais, de saber algo mais sobre o enredo.
Não é bem o meu estilo, mas não deixa de ser interessante e enriquecedor. Literatura é literatura, e pode escrever-se tanto e de tantas maneiras para contar uma história.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

"Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."

Tolstoi, in Ana Karenina

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Stoner

Se há expressão que se pode usar com propriedade para caracterizar este livro, é que Stoner é um "vencido da vida".
Este livro conta precisamente a vida de William Stoner, um homem solitário e tristonho, que vai do campo para a cidade estudar, e onde  depois se acaba por fixar como professor universitário. Se me ficasse por aqui, teria contado (quase) todo o enredo; o próprio autor quis deixar todo o quadro da vida deste homem nos primeiros dois parágrafos do livro.
Stoner é um homem solitário, ignorado por todos, casado infeliz, a quem até a filha, com quem tinha uma relação próxima no início, é "retirada". Pelo meio, há dois períodos que quebram o marasmo da vida de Stoner e que constituem um quase contraste com a sua personalidade.

Este romance foi publicado por John Willians em 1965, tendo caído no esquecimento. Passados quase 50 anos foi traduzido para França, e a partir daí tem tido grande reconhecimento em vários países. "O melhor romance americano de que nunca ouvimos falar" - é desta forma que é elogiado pela New Yorker.

Na contracapa, temos esta referência: "Com a aclamação crítica, mais premente se tornou a interrogação: porque é que um romance tão exigente renasce das cinzas e se torna num espontâneo sucesso comercial em diferentes latitudes?
Na era da hipercomunicação, Stoner devolve-nos o sentido de intimidade, deixa-nos a sós com aquele homem tristonho, de vida apagada. Fechamos a porta e partilhamos com ele o empolgamento literário; sabendo, tal como ele, que nos restará sempre o consolo da literatura."