domingo, 29 de julho de 2012

Outliers

Foi através de um blogue sobre livros que cheguei a este livro: Outliers, de Malcolm Gladwell. 
A forma apaixonante como estava apresentado fez com que o comprasse na feira do livro. E valeu a pena! 
Malcolm Gladwell, de uma forma simples, convincente e sedutora, apresenta os motivos porque muitos têm sucesso e outros não. Mas não se pense que esta explicação é um tratado maçador de sociologia. Trata-se, isso sim, de um conjunto de casos concretos, muitos conhecidos de todos nós, que são a base para a tese apresentada pelo autor. Frequentemente todos atribuímos o sucesso à personalidade rara de quem tem sucesso. Mas há muito mais além disso. 
Antes de mais, há a oportunidade. Quem tem sucesso, alcança-o por ter tido uma oportunidade. E esta oportunidade, muitas vezes, é fruto de circunstâncias alheias à pessoa. Os Beatles, Bill Gates, bons jogadores de futebol, a que devem o seu sucesso? 
Há a circunstância das 10 mil horas de treino; há o facto de se ter nascido num determinado mês do ano; há a contingência de ter tido quem pudesse oferecer um computador numa dada época; há o ser judeu; há o ser especializado numa área que, de repente, se torna fulcral… “Dispõem de uma oportunidade que não mereceram nem conquistaram. E essa oportunidade desempenhou um papel crucial no sucesso deles.” 
Além de vidas mais ou menos famosas, Gladwell foca situações de pessoas comuns que conseguiram. E outras que, apesar de todos os esforços, não chegaram lá. Por exemplo, famílias cujos pais foram apanhados pela crise do início do séc. XX, e não conseguiram evoluir. Mas cujos filhos, por terem nascido alguns anos depois, apanharam a onda do crescimento económico que lhes permitiu singrar. “O sucesso não é um fenómeno fortuito. Emerge de um conjunto previsível e poderoso de circunstâncias e oportunidades”, que uns tiveram e outros não. E uma variável para este fatalismo é apenas o ano de nascimento. Além das oportunidades, Gladwell escreve sobre a importância do legado. E nesta parte do livro disseca o motivo de haver países com mais acidentes de aviação que outros, países com mais predisposição para a matemática que outros… Nada é por acaso. 

Nesta segunda parte, o autor alonga-se, por exemplo, nos motivos porque estudantes do mesmo ano têm resultados tão díspares. Terá a ver com a proveniência social? Com o tempo de estudo? Com a duração do ano lectivo? Achei esta parte muito interessante, atendendo aos resultados que Portugal costuma apresentar nestas matérias. E, olhando para algumas medidas recentes do ministro Nuno Crato, percebe-se perfeitamente onde quer chegar.


Realço algumas das frases que ajudam a perceber o sentido das teses de Gladwell:
- "A prática não é o que se faz quando se é bom. É o que se faz para nos tornarmos bons."
- "O sentido de possibilidade tão necessário não vem só de dentro de nós ou dos nossos pais. Vem do nosso tempo: das oportunidades particulares que o nosso lugar particular na história nos oferece."


Se folheado o livro parece assustador, com tabelas, listas e gráficos, não o é de facto. É um livro muito útil, curioso, empolgante, questionador. É daqueles em que se aprende mesmo alguma coisa.


Aproveitando o que li e aprendi neste livro, e olhando para alguns factos da minha vida, consigo encaixar o puzzle que me permitiu estar onde estou e ser quem sou hoje. Situações aparentemente sem importância, mas que funcionaram como agulhas no percurso seguido, tal como num caminho-de-ferro. Se me debruçar com mais atenção, certamente irei encontrar muitos pontos que se enquadram naquilo que Malcolm Gladwell chama de "oportunidade" e de "legado".


Esta eu não sabia:"porque são redondas as tampas dos poços?"
"A resposta é que uma tampa não pode cair pelo buraco, por mais que se tente fazê-la passar. Uma tampa rectangular podia cair, bastaria pô-la em posição vertical ou oblíqua."
Vá, já podem concorrer à Microsoft...

terça-feira, 24 de julho de 2012

O Mago

Esta é mais uma história sublime, sobre uma civilização grandiosa. Wilbur Smith traz de volta a Taita, no papel do Mago, que conhece as tradições dos antigos Deuses melhor que ninguém, mestre da magia e do sobrenatural.
É mais uma vez chamado a proteger aqueles que lhe são mais queridos, o trono e o reino do Egipto, contra as forças do mal que ameaçam destruir o príncipe Nefer, neto da rainha Lostris.
Depois de O Deus do Rio, O Sétimo Papiro e O Mago, a saga continua e acaba com A 11ª Praga.
É realmente uma pena que este seja o último da coleção…mas de uma coisa eu estou certa, vou ADORAR este tanto quanto os outros!!

domingo, 15 de julho de 2012

Diz que há quem considere que até escrevo umas coisas engraçadas. 
Vai daí, os meus amigos ofereceram-me um Workshop de Escrita Criativa. 
E a página-metade ofereceu-me um livro de "um dos melhores contadores de histórias que há anos percorre as cidades e aldeias de Espanha e Portugal". 
É sempre bom descobrir coisas novas.

domingo, 8 de julho de 2012

Pode Curar a Sua Vida

Este pequeno livro de Louise L. Hay tem uma mensagem muito simples: aquilo que pensamos torna-se realidade. Ou seja, o nosso quadro mental acaba por materializar-se no nosso dia-a-dia, seja na vida social, afectiva, profissional, na saúde, em tudo. 
Embora esta tese pareça complexa, ou até sem sentido para alguns, o facto é que “aquilo que emitimos mental ou verbalmente regressa a nós na mesma forma”. 
Quem quiser testar isto de forma simples pode reparar que nos dias em que está furioso com “a vida” tudo corre mal, mas nos dias em que anda nas nuvens tudo corre maravilhosamente. Será apenas fruto das circunstâncias e das coincidências? 
Com uma vertente muito prática, Louise Hay, uma das gurus do new age, dá-nos dicas, mostra-nos outras perspectivas, abre-nos o horizonte para podermos receber tudo o que desejamos. E conseguirmos curar aquilo que não vai tão bem na nossa vida. 
A autora conta ainda o seu exemplo, e como conseguiu ultrapassar um cancro. “O cancro é um mal-estar provocado por um ressentimento profundo durante um período prolongado até que, literalmente, corrói o corpo”. 
Quando nos aceitamos, quando nos amamos, quando estamos em harmonia connosco, tudo flui naturalmente e somos felizes. 

Este é um perfeito livro de cabeceira.

sábado, 7 de julho de 2012

Respondendo ao desafio...

1. Principais manias como leitor? 
Hummm... não acho que tenha manias... 
- Mas gosto de sublinhar frases que entendo como aforismos ou que de alguma forma me dizem algo. E voltar a relê-las anos depois e continuar a gostar do que sublinhei.
- Consoante a pausa na leitura seja no início ou fim da página, o marcador fica virado para cima ou para baixo.
- Criei um código para marcar no telemóvel a página em que está alguma frase que me agrada e depois sublinhá-la, caso não tenha um lápis na altura da leitura.
Afinal sou capaz de ter algumas manias... :)

2. Lugar a visitar depois de teres lido o livro? 
Depende do livro. 

3. Personagem literária marcante? 
Não me recordo de nenhuma de momento. Ops!

4. Filme que não desiludiu depois de teres lido o livro? 
"As Pontes de Madison County".
Há ainda um filme que adorei e cujo livro tenho receio de ler: "O estranho caso de Benjamin Button". Este filme foi tão superlativo que tenho medo de perder a sua magia se ler o livro.

5. Autor nunca lido mas tens vontade de ler? 
Thomas Mann (n'A Montanha Mágica) ou Dostoievsky (com O Idiota)

6. Livro que não conseguiste acabar?
Vários. Mas realço "Guerra e Paz", que já tentei duas ou três vezes...

7. Tema para um livro da tua autoria?
Julgo que não teria um tema exclusivo. A imaginação é uma coisa surpreendente e aleatória.
Mas, quanto ao estilo, seria clara a influência do fantástico de Gabriel Garcia Marquez. Basta ler alguns esboços de contos que tenho para perceber a evidência dessa faceta. Gosto de ser surpreendido quando leio, por isso também me agrada surpreender. Confesso que quem leu gostou.

8. Citação retirada de um livro? 
"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo".
Esta primeira frase de Cem Anos de Solidão assalta-me de vez em quando, ou não fosse este o meu livro preferido.

9. Um livro inspirador? 
Depende do estado de espírito em cada momento e em cada livro lido.  Mas posso apontar o último que li: "Pode Curar a Sua Vida", de Louise L. Hay.

10. Último livro que compraste por impulso?
"Uma parte do todo", o primeiro romance de Steve Toltz. Do que espreitei, é uma história absolutamente delirante de uma família australiana.


Página-metade, é a tua vez ;)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Desafio Literário II

aqui fica mais um desafio literário para quem estiver inspirado...

1.       Principais manias como leitor?

2.       Lugar a visitar depois de teres lido o livro?

3.       Personagem literária marcante?

4.       Filme que não desiludiu depois de teres lido o livro?

5.       Autor nunca lido mas tens vontade de ler?

6.       Livro que não conseguiste acabar?

7.       Tema para um livro da tua autoria?

8.       Citação retirada de um livro?

9.       Um livro inspirador?

10.   Último livro que compraste por impulso?