sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Símbolo Perdido









DAN BROWN e o Código Da Vinci. Comprei o livro quando todos já o haviam lido. Li as primeiras páginas e não encontrei motivo para continuar e virar a última.
Outros livros foram publicados e o meu interesse mantinha-se o mesmo, até ouvir falar de O Símbolo Perdido.

Embarcamos com o professor Robert Langdon em mais uma aventura envolvendo símbolos, enigmas e um estranho pacote lacrado com um selo Maçom, com uma Fénix de duas cabeças, o número 33, e a inscrição "'Ordo Ab Chao'Ordo Ab Chao" (Ordem a partir do caos). Langdon lembra-se do dia em que Peter Solomon lhe confiara o objecto e lhe pedira para o guardar.
Assim que pisa o chão do Capitólio, Langdon percebe que foi enganado e não tarda em descobrir o motivo. Recebe um telefonema da pessoa que o atraiu até ali e que lhe diz ter sequestrado Peter Solomon e, que se quer voltar a vê-lo com vida, tem de encontrar um antigo portal em Washigton, decifrando os vários enigmas e que tem até à meia-noite para o fazer.
Não tarda a surgir o primeiro pela mão de Peter Solomon, literalmente. Robert ouve uma gritaria no Capitólio e ao dirigir-se para o local, encontra uma mão no chão, que reconhece como sendo a do amigo pelo anel que tem num dos dedos, tatuada com os símbolos da Mão do Mistério, um convite para receber conhecimentos sagrados. Estranhamente, também a agente Sato da CIA chega rapidamente ao local.
Langdon percebe que só ele poderá ajudar o seu mentor. Com a ajuda de Katherine Solomon, irmã de Peter, vai decifrar os segredos escondidos na Pirâmide, aproximando-se do grande Símbolo Perdido.

O livro tem como pano de fundo a história da maçonaria na América e o mais fascinante é ver como tudo está interligado, como numa grande teia de fios: Os construtores das pirâmides do Egipto com Pitágoras com o Rei Salomão com Jesus com os gnósticos com os Cavaleiros Templários com Francis Bacon com Isaac Newton ou com George Washington. Todos parecem estar relacionados entre si e chegam até nós envoltos em mistérios sagrados. Como disse, uma temática fascinante, bem como algumas das lendas maçónicas recolhidas por Dan Brown para este livro. Deixo-vos com algumas curiosidades:

A respeito da Fundação de Washington - todos os prédios públicos da capital tiveram a sua pedra angular (ou Pedra de Fundação) colocadas precisamente seguindo datas e horários calculados pelo estudo da Astrologia Hermética. Por exemplo, o Capitólio, marco zero da fundação da cidade, foi iniciado precisamente no dia 18 de Setembro de 1793, entre 11h15 e 12h30.



A Mão do Mistério, descreve os símbolos da Apoteose ou a transformação do homem em deus. O facto da mão não é deixado ao acaso, aparece no Capitólio, onde existe um afresco de Constantino Brumidi, membro da maçonaria, a Apoteose de Washington, no qual retrata a Ascenção de George Washington aos céus. Este afresco é dividido em seis partes, nas quais mistura elementos da mitologia grega com personalidades americanas.

Melencolie, de Albrecht Durer - Uma das imagens que representa o temperamento Melancólico, carregado de simbolismo alquímico. Para o livro, o que importa é o Kamea de Júpiter.
Langdon usa a Alquimia Linguística para decifrar as letras. Ao alinhar as letras correctamente, temos:
Jeova Sanctus Unus , em latim: "Único Deus Verdadeiro".
O pseudónimo de um alquimista muito famoso, membro da Real Sociedade de Londres e da Ordem Rosa-cruz. As 16 letras de Jeova Sanctus Unus podem ser reorganizadas para soletrar o seu nome em latim, o que tornava o pseudónimo perfeito para Isaacus Neutonuus (Isaac Newton).

A Palavra “MASON” escrita na nota de um dólar. Se desenhar o Símbolo de Salomão numa nota de um dólar, as pontas da estrela formarão a palavra “Mason” (maçom) e a parte de cima fará o topo da Pirâmide.

E o simbolo a que tudo se resume:




O esquadro do pedreiro: símbolo de honestidade e sinceridade.
A sequência Au: símbolo do elemento químico ouro.
O sigma: a letra grega S, símbolo matemático da soma de todas as partes.
A pirâmide: símbolo egípcio do homem se erguendo aos céus.
O delta: a letra grega D, símbolo matemático de mudança.
Mercúrio: representado por seu mais antigo símbolo alquímico.
O ouroboros: símbolo de inteireza e de união.

O livro tem uma mensagem clara para quem conseguir percebê-la. Somos convidados a recordar as nossas origens, a elevar-nos a uma consciência universal; a procurar a Palavra Perdida pois ela está bem diante dos nossos olhos e tem o poder de transformar a humanidade ao desvendar os Mistérios Antigos.

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