quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Livro do Amanhã


Por sugestão de uma leitora deste cantinho, uma pequena apresentação deste livro:

Tamara Goodwin tem dezasseis anos e vive confortavelmente numa mansão moderna com seis quartos, habituada a ter tudo o que quer quando quer. Mas, quando o pai morre deixando inúmeras dívidas, Tamara e a mãe não têm outra alternativa senão vender tudo e ir viver com parentes para um lugar distante e isolado junto ao castelo de Kilsaney. Para Tamara o choque parece inultrapassável, até que um dia uma biblioteca itinerante chega à vila trazendo consigo um misterioso livro encadernado a couro e fechado com um cadeado dourado… 
Com mais de um milhão de exemplares vendidos em todo o mundo, O Livro do Amanhã é o novo romance da autora de P.S. Eu Amo-te. 

A impressão que o livro causou na Filomena:
"Uma narrativa surpreendente, pela voz de uma adolescente inconformada. Prendeu-me do início ao fim e fez-me voltar à adolescência tal foram as peripécias de Tamara. Uma obra onde os valores da amizade, do amor e da família são os únicos pilares que conseguem erguer as personagens e onde o mistério e a espiritualidade nos cativam até à ultima linha. Num ambiente de magia e suspense vimos desfilar as primeiras experiências de uma adolescente assustada, vibramos com as suas investigações em cenários idílicos e participamos na descoberta de segredos, relembrando-nos que os afetos são a nossa prioridade nesta vida e que o nosso amanhã já foi escrito algures. "

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Jogo do Anjo







É mais uma vez uma história DE e SOBRE livros. Nas palavras do autor: "de quem os faz, de quem os lê e de quem vive com eles, através deles e até contra eles. É uma história de amor, amizade e, em alguns momentos, sobre o lado obscuro de cada um de nós" e termina dizendo que é sua intenção oferecer ao leitor uma "experiência intensa e convidá-lo ao jogo da literatura".

David Martín, o nosso protagonista, é um jovem escritor que vive em Barcelona na década de 20 e que ambiciona ter o seu nome impresso num pedaço de papel, tornando-se imortal (acho que isso é mesmo aquilo que todos os nossos personagens pretendem - viver para além de um pedaço de papel), capaz de vender até a alma para o conseguir. Seguimos de perto as suas tentativas, enquanto deambulamos por cenários familiares, como a pequena livraria Sempere e Filhos e o mágico Cemitério dos Livros Esquecidos, de onde, mais uma vez, o nosso protagonista retira um livro, além de esquecido, maldito.
É mais uma vez uma história que mistura o amor pelos livros, a paixão e a amizade. Temos também algum mistério como em A Sombra do Vento, confesso que vi algumas semelhanças, não só entre personagens, mas no preço que pagaram para chegar à verdade.

É também um livro que não se explica, compreende ou que se justifique. Não vou colocar aqui os pormenores da história, não quero retirar ao leitor o prazer de ver-se enredado nos labirintos de uma intriga sinuosa e ao mesmo tempo perigosa. A história flui veloz e vertiginosamente, com uma precisão narrativa que nos deixa exaustos porque simplesmente não conseguimos parar de ler. Quem gostou de A Sombra do Vento, vai certamente adorar esta nova lufada de mistério, entrar de novo no santuário dos livros esquecidos onde "cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar sobre as suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte. Neste lugar, os livros de quem já ninguém se lembra, os livros que se perderam no tempo, vivem para sempre, esperando chegar às mãos de um novo leitor, de um novo espírito..." eu acrescentaria: e de colocar aí toda a sua magia.

domingo, 23 de outubro de 2011

A Pequena Princesa



O filme é de 1995 e, de facto é uma história de miúdos, mas que continua a fascinar graúdos.
Guardo o filme nas minhas memórias de 'miúda' e, volvidos todos estes anos, eis que a história vem ter comigo novamente, agora em livro.


A história é encantadora, ou não o fossem todas as histórias de princesas. Não quis acreditar que fosse a mesma, até ler a sinopse:
«Aos oito anos, Sara vem da Índia para Inglaterra, enviada pelo pai para um colégio interno em Londres. Miss Minchin, a dona do colégio, invejosa das recomendações do riquíssimo Capitão Crewe para que rigorosamente nada falte à sua filha, acha que aquela criança deve ser insuportavelmente mimada. Pelo contrário, Sara adora ler e estudar e faz rapidamente amizade com as colegas e com Becky, a criadita que é posta ao seu serviço. Três anos mais tarde, chegam notícias de que o Capitão Crewe morreu na Índia, depois de perder toda a fortuna, e Sara vê-se subitamente rebaixada e tratada como a última das serviçais pela vingativa Miss Minchin. Até que um dia, um misterioso senhor indiano vem viver para a casa em frente e adoça a dura vida da órfã, ajudando-a a não se deixar quebrar pela maldade de Miss Minchin...»

Um filme/livro emocionante sobre o poder da amizade e sobretudo sobre o poder da imaginação! Deixo-vos com o trailer...e com algumas curiosidades.

"Because it's magic. Magic has to be believed. It's the only way it's real."

sábado, 22 de outubro de 2011

Vida sem Limites


Logo na capa Nick Vujicic deixa a pergunta: “se eu consigo ser feliz, porque é que tu não consegues?”
Nick Vujicic é um jovem australiano que nasceu sem braços e sem pernas. Ou seja, tinha todas as condições para ser uma das pessoas mais infelizes do mundo. Mas não é.
“Nasci sem quaisquer membros mas não me sinto constrangido pela minha situação. Viajo por todo o mundo, encorajando milhões de pessoas a superar a adversidade através da fé, esperança, amor e coragem, para que possam perseguir os seus sonhos”.
Este livro autobiográfico, com incidências de auto-ajuda e de evangelização (excessiva para meu gosto), é uma inspiração em vários momentos. Apesar de ter nascido com falta de peças (ele próprio brinca muitas vezes com a sua circunstância), isso não o tem impedido de realizar os seus sonhos e a sua “missão”. Aprendeu a fazer surf, a andar de skate, a atender o telemóvel atirando-o com o pequeno pé para o ombro, a pôr-se de pé sem ajuda… a gozar com as situações. Por exemplo, quando se escondeu no compartimento para bagagens do avião, por cima dos assentos, para ver a reacção dos passageiros quando o abriam para guardar as malas e encontravam este ser humano estranho.
Ao longo do livro Nick vai relatando as suas experiências de vida, as suas viagens, as histórias que tem acompanhado e que também o têm inspirado por todo o mundo. Sempre com um sorriso na cara, pois o sentido de humor não foge à sua vida sem limites: “sem braços, sem pernas, sem limites” é justamente o título do capítulo dois.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

As Pontes de Madison County


Se tivesse de escolher a mais bela história de amor literária, escolheria, sem sombra de dúvida, a protagonizada por Robert Kincaid e Francesca Johnson.

Robert Kincaid, 52 anos, fotógrafo da National Geographic – um solitário viajante que colecciona imagens, imagens de desertos áridos, de rios longínquos, de cidades perdidas, um homem que sente não pertencer ao tempo em que vive.
Francesca Johnson, 45 anos, noiva italiana do pós-guerra, vive nas colinas do Iowa com as memórias ainda vivas dos seus sonhos de juventude. Esta estabilidade frágil que ambos vivem é quebrada quando Robert Kincaid atravessa o calor e o pó de um Verão do Iowa e chega à quinta de Francesca em busca de informações. Este é o momento em que as suas vidas se entrelaçam num invulgar momento de alucinante beleza, em que ambos se deixam levar pelos seus sentimentos e durante quatro dias vivem experiências de toda uma vida e que recordarão sem cessar até ao fim dos seus dias.

O resultado? A história de um amor na sua forma mais pura e até ingénua. Através de uma linguagem simplesmente apaixonante e profundamente comovedora, Robert James Waller consegue, transmitir-nos um conjunto de imagens onde a solidão, o amor, o sofrimento e os valores se misturam elevados ao nível mais profundo que se possa imaginar.

Não aconselho o filme antes de lerem o livro. Embora Richard La Gravenese seja o homem certo para este tipo de filmes, o sentimento que une as personagens é tão profundo que não pode ser reduzido a meia dúzia de takes, mas só quem leu o livro poderá perceber isso.