Etgar Keret é um romancista israelia, autor de BD e realizador.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Ser surpreendido
Etgar Keret é um romancista israelia, autor de BD e realizador.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
A Cura de Schopenhauer
Aqui a questão que surge é sobretudo a solidão, o isolamento social, o que se esconde naquilo que se parece mostrar aos outros. Philip, inteligentíssimo e distante, especialista e fã de Schopenhauer, passa o tempo a citar as suas frases anti-sociais. De notar que Philip, anteriormente, foi um viciado em sexo, que todas as noites tinha de ter uma nova conquista e aventura.
O atravessamento da ponte, da barreira até ao mais íntimo de cada um, só acontece pela fragilização individual, pelo choque, pelo dar um passo
Philip, Pam, Tony, Bonnie, Rebecca, Gill, Stuart... e Julius. Problemas de isolamento, de relacionamento, de afecto, de alcoolismo, sexuais... que vão sendo esmiuçados em conjunto, tentando novas abordagens. As relações que se vão estabelecendo entre eles, as tensões, os gritos, vão permitir que cada um deles olhe para dentro de si e encontre a peça chave que desarmadilha o edifício em que estão prisioneiros. E quando começam a descer as barreiras, a ficar mais dóceis interiormente, dá-se o click.
Ambos são livros profundamente psicológicos e que fazem viagens profundas ao interior de cada um.
Como ponto comum aos dois livros, essa procura no mais profundo de cada um, extraindo as forças para continuar a andar, para olhar o futuro.
Por outro lado, enquanto “Quando Nietzsche Chorou” é mais positivo, foca muito a amizade, este “A Cura de Schopenhauer” centra-se nas disfunções relacionais, nas incapacidades para fugir ao isolamento e relacionar-se.
Inicialmente a leitura de “A Cura de Schopenhauer” deixou-me de pé atrás. Mas, a partir de certa altura, fui sugado pelo enredo e li convulsivamente para saber a “solução”. E muitas interrogações ficaram na minha cabeça, para mim. Foi como olhar ao espelho, sem filtros, sem maquilhagens. O abalo com epicentro interior é forte!
E fica um desafio para mim daqui a algum tempo: ler as duas obras sequencialmente. Se calhar será um abalo muito forte. Mas igualmente um desafio gigantesco numa perspectiva individual.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Notável página na História
O inspirador discurso deste afro-americano levou-o à Casa Branca.
Um discurso positivo, afirmativo, mobilizador, carregado de esperança. Para além dos paradigmas estabelecidos em Washington.
Possam as próximas páginas ser tão notáveis e históricas como as escritas até agora.
Do seu notável discurso de vitória, em Chicago, destaco estas passagens:
"E a todos aqueles que se interrogavam sobre se o farol da América ainda brilha com a mesma intensidade: esta noite provámos novamente que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas ou da escala da nossa riqueza, mas da força duradoura dos nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e uma esperança inabalável."
"Este é o nosso tempo para pôr o nosso povo de novo a trabalhar e abrir portas de oportunidade para as nossas crianças; para restaurar a prosperidade e promover a causa da paz; para recuperar o sonho americano e reafirmar aquela verdade fundamental de que somos um só feito de muitos e que, enquanto respirarmos, temos esperança. E quando nos confrontarmos com cinismo e dúvidas e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com o credo intemporal que condensa o espírito de um povo: Sim, podemos."
(discurso completo aqui)
terça-feira, 4 de novembro de 2008
“Que influência pode um animal ter? E quantas vidas pode um animal tocar? Conheça a maravilhosa história do gato que comoveu o mundo!”
Eu fiquei comovida logo nas primeiras páginas...mas também no que toca a gatos, como é possível não ficar?