terça-feira, 28 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

A Casa dos Budas Ditosos

Em dia de liberdade, o Expresso traz na sua capa este título:
"Grupo Auchan volta a censurar João Ubaldo Ribeiro"
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O livro em causa chama-se "A Casa dos Budas Ditosos" e foi considerado pornográfico pela cadeia de supermercados.

O editor Nelson de Matos deve agradecer a publicidade gratuita que este lamentável episódio lhe proporciona. E aproveitar a feira do livro para divulgar este delicioso e divertido livro.

A edição actual (da editora Nelson de Matos) não tem uma capa tão sugestiva como a que tenho, de 1999, da D. Quixote:


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ler Devagar em Alcântara

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A livraria Ler Devagar abriu ontem as portas, no pólo de indústrias culturais de Alcântara Lx Factory, no dia em que se comemorou o Dia Mundial do Livro.
Milhares de livros estão agora disponíveis no meio de uma enorme rotativa de jornais desactivada.
Mais aqui e aqui

A livraria promove quadro dias de festa para assinalar a data.
Clica aqui para aceder ao programa.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Um sonho que se torna realidade

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"Não se pode julgar um livro pela capa."
- Susan Boyle

“I know what they were thinking, but why should it matter as long as I can sing? It’s not a beauty contest.”
- Susan Boyle, The Sunday Times


Pelas impressões que causou e continua a causar, pela força, pela coragem e principalmente pela confiança em si mesma que Susan Boyle demonstrou ao enfrentar uma audiência para lá de céptica, não podia deixar de, também aqui, fazer uma pequena referência a este fenómeno nunca visto.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

"O que a Censura Cortou"


O Expresso vai lançar o livro "O que a Censura Cortou".
Descubra as reportagens, as histórias, as entrevistas, as fotografias, as notícias, as opiniões e até as palavras cruzadas e cartoons que antes do 25 de Abril a censura não deixou que fossem publicadas e que o célebre lápis azul cortou.
Um livro de José Pedro Castanheira sobre a actuação da censura no Expresso com prefácio de Francisco Pinto Balsemão.
A não perder dia 25 de Abril, por apenas + € 9,90 com o Expresso.

terça-feira, 14 de abril de 2009

79ª Feira do Livro de Lisboa

A Feira do Livro de Lisboa, com abertura prevista para 30 de Abril, irá contar com novos pavilhões (de acordo com o Bibliotecário de Babel).


Ver imagens dos módulos aqui.

Digamos que... gosto!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Por páginas perdidas

Por vezes há palavras que insistem em não entrar.
Foi o que se passou enquanto ia lendo "O Labirinto", de Panos Karnezis. Lia, lia, e não conseguia embrenhar-me na história, criar afinidade com as personagens...
Após alguma luta a cada parágrafo, e não conseguindo definitivamente entrar na história, abandonei-o quase às 90 páginas. Volta para a estante à espera de melhores dias.

Entretanto, fui espreitar a carregada estante e de lá saltou um livro que quero reler há algum tempo. O início reza assim:
"A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete."

De páginas amarelecidas pelos anos (comprei-o nos idos de Junho de 1992), comecei a reler ansioso este excelente retrato da Lisboa do séc. XIX. Espero que "Os Maias" mantenha o encanto da primeira vez (apesar de só ter conseguido lê-lo à terceira tentativa... no espaço de poucos meses, e antes da obrigatoriedade escolar). Com uma particularidade: agora conheço a Lisboa que serve de cenário ao - provavelmente - melhor romance português.

Até às próximas páginas.

sábado, 4 de abril de 2009

Dez Discursos Históricos

Que Obama tem o dom da palavra, já todos o sabemos. E nem é só o dom da palavra. É, sim, aquele jeito sincopado de falar que nos embala.
Enquanto lia este livro, ouvia a voz de Obama a discursar. E era uma energia positiva bebida pelos olhos. Quando lia a caminho do trabalho, parece que ficava com super-poderes e que tudo só podia correr bem.
A magia do actual presidente americano advém da sinceridade que transmite, da sensação de tudo ser possível, da capacidade de quebrar os padrões habituais e olhar mais além.
Neste conjunto de discursos Obama fala de esperança, de futuro, da guerra, da questão da raça, de patriotismo, de união, do legado de Martin Luther King…

Há coisas que Obama repete em todos os discursos (não fosse um político) e há ideias recorrentes, envoltas sempre num embrulho aparentemente diferente, que visam inspirar. Por exemplo, em cada parágrafo transpira a ideia que as coisas não são como os outros as fazem, e que não há apenas dois lados das questões. Não há só o “a favor” e o “contra”, o preto e o branco… há todo um arco-íris de possibilidades que pode e deve ser explorado. E é nessa porta de possibilidades que ele incute o desejo de fazer um caminho diferente do habitual, olhando sempre para além do que parece já estar decidido. É preciso quebrar os limites do horizonte.
Frequentemente brada contra os “cínicos” que dizem não ser possível. Ele diz sempre que há um outro caminho, que há esperança, que no passado já se fizeram grandes coisas, pelo que agora também é possível.

No discurso da vitória, em Chicago (4 Nov 2008), diz: “Porque este é o verdadeiro génio da América: a capacidade de mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. E aquilo que já conseguimos enche-nos de esperança para quilo que podemos e devemos conseguir amanhã.”
E ainda: ”Esta é a nossa oportunidade de respondermos a esses desafios. Este é o nosso momento. Este é o nosso tempo – o de regressarmos ao trabalho e abrirmos as portas da oportunidade aos nosso filhos; de restaurarmos a prosperidade e promovermos a causa da paz; de reclamarmos o sonho americano e reafirmarmos esta verdade fundamental: a de que, sendo muitos, somos um só; e que, enquanto houver vida, há esperança; e que, quando enfrentarmos o cinismo, a dúvida e aqueles que nos dizem que não podemos, havemos de responder com aquele grito intemporal que resume o espírito de um povo: Sim, nos podemos.”

No “Discurso sobre a raça” (Filadélfia, 18 Mar 2008), diz: “Decidi candidatar-me à presidência neste momento da História porque acredito firmemente que não conseguiremos resolver os desafios do nosso tempo se não os resolvermos juntos; se não aperfeiçoarmos a nossa união através da compreensão de que podemos ter histórias diferentes, mas as nossas esperanças são comuns; de que podemos ter aparências muito diferentes e não ter tido a mesma proveniência, mas queremos ir todos na mesma direcção; a de um futuro melhor para os nossos filhos e netos.”
Ou, mais adiante, uma grande frase unificadora: “Isto exige que todos os americanos percebam que a realização dos sonhos de uns não tem de ser feita à custa dos sonhos dos outros;”

No início da campanha para a nomeação democrata, Obama é vencido por pouco em New Hampshire por Hillary Clinton. Nessa noite (8 Jan 2008), surge o grande slogan da campanha “sim, nós podemos”: “Mas, ao longo da improvável história da América, a esperança nunca foi uma coisa falsa. Porque quando enfrentámos situações aparentemente impossíveis; quando nos disseram que não estávamos prontos, ou que não devíamos tentar, ou que não íamos conseguir, gerações de americanos responderam com o credo que resume o espírito de um povo: Sim, nós podemos.”

Quando, a meio da campanha, começou a ser posto em causa o seu patriotismo, Obama volta a olhar em frente e, no Missouri (30 Jun 2008), afirma: “aprendi que o que fez a grandeza da América nunca foi a sua perfeição, mas a crença de que se pode sempre torná-la melhor. Cheguei à conclusão de que a nossa revolução foi desencadeada em nome dessa crença – a de que podíamos ser regidos por leis, e não por homens; de que podíamos ser iguais aos olhos dessas leis; de que podíamos ter liberdade de dizermos o que quiséssemos, de nos associarmos com quem quiséssemos e de rezamos como bem entendêssemos; de que podíamos ter o direito de tentar realizar os nossos sonhos, mas que temos a obrigação de ajudar os nossos concidadãos a realizar os seus.”
Ainda no mesmo discurso: “é esta a ideia essencial da América – a de que não estamos presos pelas circunstâncias do nosso nascimento, e podemos fazer das nossas vidas o que quisermos”
E finaliza: “Essa é a liberdade que defendemos: a liberdade de cada um ir atrás dos seus sonhos. Essa é a igualdade a que aspiramos: não uma igualdade de resultados, mas a oportunidade de cada um de nós ter sucesso, se tentar. Essa é a comunidade que lutamos por criar – uma comunidade em que confiamos, nesta nossa por vezes caótica democracia; em que continuamos a insistir em que não há nada que não possamos fazer quando nos dispomos a isso; na qual nos revemos como fazendo parte de uma história mais vasta, em que o nosso destino se envolve com o destino daqueles com quem partilhamos a fidelidade ao feliz e singular credo da América.”

Em Berlin (24 Julh 2008), recordando a História que marca a cidade, foi mais uma vez inspirador: “Povo de Berlim, povos do mundo: este é o nosso momento. Esta é a nossa hora. (…) Aquilo que sempre nos uniu – aquilo que sempre inspirou o nosso povo, aquilo que atraiu o meu pai às costas americanas – é um conjunto de ideais que vão de encontro às aspirações de todas as pessoas: a possibilidade de vivermos sem medo e sem privações, de podermos dizer o que pensamos, reunir com quem quisermos e rezar como bem entendermos.”
E encerra: “Povo de Berlim, povos do mundo: é grande a dimensão do nosso desafio. O caminho que temos pela frente vai ser longo. Mas apresento-me perante vós para dizer que somos herdeiros de uma luta pela liberdade. Somos um povo de esperança improvável. Como os olhos no futuro, com determinação nos nossos corações, lembremo-nos da história desta cidade, respondamos ao nosso destinos e refaçamos, uma vez mais, o mundo.”

Não ficaram com uma força enorme e com a crença de que, sim, é possível mudar?

Frases simples, esperança, olhar sempre para além das pequenas questiúnculas, ultrapassar pequenas divisões e focar o que une, não o que separa.
Pena que na Europa não haja políticos capazes de inspirar desta maneira. (Dou de barato que nenhum destes discursos passava em qualquer país europeu. Devido ao peso da História que temos aos ombros, à força dos cínicos, à dificuldade em olhar mais além).

Este é, sem qualquer dúvida, um inspirador livro de cabeceira.

quinta-feira, 2 de abril de 2009






Listagens são o que são e nem sempre consta nelas o que gostaríamos. Estou a referir-me à Lista publicada pelo Guardian >>
Não vou sentir-me mal por ter lido apenas alguns livros em cada uma das categorias.
Se pensarmos que são apenas 1000, com certeza os melhores na sua categoria, ainda assim é quase impossível ler todos antes de morrer...
Há tantos livros e autores de que nunca ouvi falar, outros que não devem encontrar-se facilmente, outros ainda que nem devem estar traduzidos. Mas posso elaborar outra lista, a MINHA lista: Os 1000 Livros que li antes de morrer.
Fica o desafio!

Boas Leituras.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ler no Chiado

Amanhã, 2 de Abril, pelas 18h30 na Bertrand do Chiado, há mais um encontro Ler no Chiado, desta vez com o mote "este blogue dava um livro".
São três os convidados a debater o tema: Isabel Coutinho (jornalista), José Mário Silva (escritor) e Rui Tavares (escritor).
"Numa era em que a literatura está cada vez mais presente nos blogues, a tertúlia serve para reflectir e debater a presença de escritores na internet e a relação entre as novas tecnologias e a literatura".
(iniciativa referida no jornal OJE)

Não lhes ficava mal referirem este nosso cantinho das palavras impressas... :)