segunda-feira, 25 de maio de 2009

Apelo ao regresso dos Livros de Bolso

>
Descobri este fim-de-semana, na rua transversal à Bertrand do Chiado, uma mini Feira do Livro que se realiza todos os Sábados, vim a saber, até às 18H00.
Não são mais do que meia dúzia de bancas, é verdade, mas para alguém que vive viciado em livros é o quanto baste.
Esta feira tem no entanto uma particularidade, só encontramos livros antigos, fora de circulação, daqueles que fazem parte da memória de muitos e que só encontramos em alfarrabistas. Uma boa oportunidade para encontrar um ou outro livro interessante e o preço é quase dado. Foi o caso dos livros que comprei (por apenas 2€ cada): Amok de Stefan Zweig; A Cidadela de A. J. Cronin; O Americano Tranquilo de Graham Greene; Pierrette de Honoré de Balzac e Teresa Raquin de Émile Zola.
Estes livros fazem parte de uma colecção que surgiu em finais dos anos sessenta, editada por um grupo de editores associados, a que deram o nome de "Livros Unibolso".

O clássico de W. Somerset Maugham "O Fio da Navalha", foi o primeiro livro desta colecção com mais de cem títulos.
Se a ideia que preside à edição deste tipo de livro é a de ajudar a
"massificar a leitura e a difundir autores e livros", julgo que não seria de todo despropositado recuperar e reeditar estes livros na sua forma original (ver colecção aqui).

Neste sentido, destaco quer a iniciativa da editora
Dom Quixote que quis "tornar a leitura mais acessível a todos" e "acompanhar as tendências que já se verificam noutros países europeus", depois de ter constatado que "não existia no mercado português uma oferta de livros de bolso sólida e diversificada" (ver lançamento aqui e títulos aqui), quer a da Biblioteca Independente, que em parceria entre a Assírio & Alvim, a Cotovia e a Relógio d’Água tem vindo a reunir, em formato bolso, títulos e autores escolhidos de entre os catálogos das três editoras.

Embora a lista de livros editados neste formato contenha títulos bem interessantes (já escrevi aqui sobre três deles), não há nada que possa equiparar-se aos clássicos, essenciais em qualquer biblioteca.

Sem comentários: