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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ler Lobo Antunes

Confesso que deve tratar-se de uma limitação minha. Nunca consegui ler António Lobo Antunes. As crónicas em revistas, apenas de vez em quando. Livros, nunca. Não consigo entender a sua forma narrativa.
Apesar deste handicap, há uma coisa que gosto neste autor: muitos dos seus títulos são uma surpresa agradável. Por exemplo, o último: "Não é meia noite quem quer". É pura poesia.
Já tinha o tinha feito com outras obras: "Eu hei-de amar uma pedra", "Não entres tão depressa nessa noite escura", ou "Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar?".

domingo, 1 de novembro de 2009

As palavras de Lobo Antunes

António Lobo Antunes é para mim um escritor desconhecido.
Nunca li nenhum livro dele. Só alguns textos que publica em jornais e revistas. Aprecio alguns, noutros não consigo "entrar".
Já folheei romances dele, mas também não consegui "entrar". Lobo Antunes é para mim o que Saramago é para outros leitores. Mas gosto de muitos dos títulos que dá às suas obras: têm qualquer coisa de poético.
No entanto, as suas entrevistas têm algo que me seduz. Não sei se é aquele tom pausado, aquele aspecto de homem vestido de tristeza, metido "numa bolha de tristeza" (como refere a certa altura a propósito de doentes com quem contactava enquanto ele mesmo estava doente, no Hospital Santa Maria), a forma crua como fala, aquelas frases de uma simplicidade e beleza desconcertantes que atira para cima da mesa...

Aqui a entrevista que deu à Judite Sousa há algumas semanas.

Como há frases de Lobo Antunes que me deixam extasiado, cito duas desta entrevista:
- "As pessoas são como arco-íris. Nós nunca nos entendemos nas sete cores, mas se nos entendermos em três ou quatro já é muito bom".
- "Espero que de certo modo tenha conseguido conservar a virgindade do olhar. Se consegui isso já não é mau."