quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O génio de Gabriel García Márquez

Já li quase toda a obra de Gabriel García Márquez:
- O amor nos tempos de cólera;
- Cem anos de solidão;

- O outono do patriarca;
- Crónica de uma morte anunciada;

- Notícia de um sequestro;
- Memórias das minhas putas tristes;
- Ninguém escreve ao coronel;
- Olhos de cão azul;
- A revoada; e

- A hora má: o veneno da madrugada.

De uma ou outra forma, gostei de todos. O que menos me agradou (nem sequer consegui ver um denso fio condutor como em outras obras) foi "A hora má: o veneno da madrugada".
Em muitos dos seus romances há linhas que se tocam, por exemplo, as referências a Aureliano Buendía ou a Macondo.

O génio deste colombiano é um verdadeiro património da humanidade.
De todas aquelas obras, as que mais me maravilharam foram "Cem Anos de Solidão" (já li duas vezes, e haverá mais...) e "O Outono do Patriarca" (sobre um ditador decadente num país da América Latina, provavelmente a Venezuela).

O último romance que li dele - "A hora má: o veneno da madrugada" - anda à volta de uma pequena localidade, na qual quase todas as noites são afixados pasquins nas paredes, e nos quais se materializam todos os boatos que vão correndo à boca pequena, e que na prática já todos conhecem. Mas ninguém sabe quem é o autor dos pasquins, e o objectivo é prendê-lo.
Como em muitos dos seus romances, em fundo corre a envolvente política. A páginas tantas, o alcaide diz isto:
" - Aqui só o Governo tem o direito de proibir seja o que for. Estamos numa democracia."
Ou mais adiante:
" - A diferença entre antes e agora é que antes mandavam os políticos e agora manda o Governo."

Como disse, para mim não se trata de uma obra bem conseguida. Talvez por ser das iniciais: data de 1962.

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