
Marmelade tem uma vizinha gata – a Fluffy – com a qual desabafa as loucuras de Ellen “aos olhos dos gatos, todos os seres humanos são um pouco ridículos”, e onde vai roubar comida, para escapar à dieta vegetariana.
Pequeno aparte: é absolutamente delicioso ir acompanhando os pensamentos de Marmelade sobre as atitudes de Ellen. Ainda mais se tivermos em conta que esta consegue saber o que ele está a pensar.
Voltando à história…
Ellen entende que para a mudança ser real tem de mudar tudo na sua vida. Vai daí, muda também o seu nome para Ambika, que significa Mãe Divina. Desta maneira, ela julga mudar características de que queria desfazer-se tais como ser “crítica, gordinha… um pouco gordinha, e também um pouco ciumenta, mandona e, às vezes dominante”. Assim, passa a pensar em si mesma “como carinhosa, amável, maternal, leal e paciente”.
No capítulo seguinte, chega-nos esta novidade:
– "E foi assim que me transformei em Ramsés II – anunciou Marmelade a Fluffy”
A gargalhada sai espontânea.
Na sua quotidiana procura espiritual, Ellen decide deixar de usar relógios… E acaba sendo despedida.
Para fazer face às despesas, ainda tenta alugar um quarto a alguém. A pessoa encontrada mal pousa as malas. Não houve compatibilidade entre as mascotes…
Ellen decide então viajar e ir à procura de Deus. Para isso, Marmelade ficaria com os donos de Fluffy. Mas estes também vão viajar e não podem ficar com os gatos. Estes, aventureiros, decidem então pôr mãos à obra e ir à procura de Deus. Vão parar à Índia…
Pormenor: Marmelade, entretanto, converte-se também à procura espiritual da dona…
Em Bombaim, são aconselhados a visitar um sábio gato himalaio que vivia num mosteiro. Este gato era... o Grande ELE.
A conversa de Marmelade e Fluffy com o Grande ELE é, simultaneamente, descontraída e profunda. Às tantas, o Grande ELE diz-lhes:
- "Lembrem-se, Deus dá-nos coragem, e a coragem dá-nos Deus”
No regresso são sugados por um OVNI. E encontram o Ser, um gato de três metros de altura. Este, surpreendentemente, pede-lhes ajuda para “ensinar às pessoas da Terra a amarem-se umas às outras”…. E são devolvidos às suas donas.
As peripécias no regresso sucedem-se e acabam sendo convidados para um programa televisivo especializado em histórias insólitas e impossíveis. Nesse programa, o Ser entra em directo para todo o mundo a anunciar a sua mensagem:
- “(…) que em cada dia ameis outro ser humano como amais o vosso gato”.
No fim, a inquietante procura leva a uma certeza: