sexta-feira, 30 de março de 2012

Desafio...

Por hábito os desafios não se imprimem nestas páginas... mas vamos lá fazer este do Pereira's Book:

1 - Qual o ultimo livro que leste? 
"Um Homem: Klaus Klump", do Gonçalo M. Tavares

2 - Qual o próximo livro que queres muito ler? 
Não sei por que, mas tenho me lembrado de "Arco do Triunfo", do Erich Maria Remarque. Coisas da adolescência.
Mas tenho vários que ganharam o Prémio Leya que me estão a tentar...

3 - Só lês um livro de cada vez ou mais que um? 
Um de cada vez. Tenho muita dificuldade em ler vários em simultâneo.

4 - Menciona um livro que te tenha surpreendido pela positiva. 
Hummm... não sei bem. Mas vou apostar em "Teoria da Viagem - uma poética da geografia", de Michel Onfray. Só para ser diferente. E já foi em 2009.

5 - Menciona um livro que te tenha surpreendido pela negativa.
Vamos lá ver... Já tive muitos que comecei e deixei pelo caminho...

6 - Que filme te lembras de ter visto mais recentemente adaptado de um livro? 
Só me consigo lembrar do fantástico "O estranho caso de Benjamim Button". Adorei o filme! E ainda não li o livro com receio de perder a magia do filme...

7 - Quantos livros já leste este ano? 
Poucos... Completos ou em tentativas?

8 - Quantos livros queres ler até ao fim do ano?
Não tenho objectivos de livros por ano.

9 - Qual o 1º livro que te lembras de ter lido? 
Por estranho que possa parecer, "Os Maias", que li antes da obrigatoriedade escolar e adorei.

10 -Qual o género de livros que gostas mais de ler? 
Não haverá um género. Depende do que apetecer no momento. Ora é romance simples, ora é histórico, ora é um ensaio (como o da resposta 4)... Cada livro é um vida.

11 - Acham este tipo de desafio muito chato?
Depende do estado de espírito :)

Não lanço o desafio a nenhum outro blogue livreiro, mas deixo o desafio à minha página-metade destas Palavras Impressas.

domingo, 25 de março de 2012

Livros em acordês

A mim já aconteceu resistir ao impulso de comprar um livro pelo simples facto de o mesmo estar escrito em português do acordo ortográfico.
Já alguém teve a mesma reacção?
Quando estamos numa livraria, é possível exigir que o livro que queremos seja escrito em português decente?

quarta-feira, 14 de março de 2012

A Senhora dos Rios

Nas primeiras páginas somos apresentados a Jacquetta - a nossa protagonista - que nos situa cronologicamente na História. Estamos em 1430. Jacquetta priva com Joana d’Arc no Castelo de Beaurevoir, onde permanece enquanto o duque de Luxemburgo tenta negociar a sua entrega aos ingleses. Joana é posteriormente transferida para Rouen onde acaba julgada e condenada por crimes contra a igreja. Jacquetta assiste ao desfecho da donzela de Orléans, pensando com tristeza nos bons momentos que passaram juntas e no significado da carta lançada a Joana: a Roda da Fortuna que pode lançar uma mulher tão alto no mundo como fazê-la descer até uma morte atroz e sem honra.

Enquanto se encontra em Rouen, conhece o Duque de Bedford, regente inglês da França, aquele que viria a ser o seu futuro marido e que lhe dará a conhecer um mundo misterioso de conhecimento e de alquimia. Iniciada pela avó que lhe deixa os seus livros e segredos, Jacquetta vai poder aprofundar o seu dom.
Conhece também o escudeiro do duque, Ricardo Woodville, que vela pela sua segurança e que permanece ao seu lado quando a morte do duque faz dela uma viúva jovem e rica. Os dois tornam-se amantes e casam em segredo. Decidem contudo regressar à Inglaterra para pedir o perdão do Rei e colocar-se ao serviço da corte do jovem monarca Henrique VI.

Depressa os Woodville conquistam uma posição de importância na corte de Lencastre, apesar de Jacquetta pressentir a crescente ameaça vinda do povo da Inglaterra e o perigo dos rivais pretendentes ao trono. Do povo da Inglaterra por não verem com bons olhos o casamento de Henrique com Margarida de Anjou, uma mulher caprichosa e ambiciosa que depressa se torna na verdadeira mão a tomar decisões, enquanto Henrique se revela um Rei inseguro, influenciável e mais interessado em assuntos de religião do que em assuntos de estado.
Mas nem a coragem e a lealdade dos Woodville bastam para manter no trono a Casa de Lencastre. Os tempos são de dificuldade. Henrique VI é considerado incapaz de governar, sendo nomeado regente o duque Ricardo de Iorque. O Rei melhora e retira-lhe o cargo, o que gera mais um confronto entre as forças de Iorque e os partidários do rei. Este acontecimento marca o início da conhecida Guerra das Rosas.

Jacquetta luta pelo seu rei e pela sua rainha com todas as suas forças, mas o destino de ambos há muito que estava traçado. Recorda a visão que teve de uma batalha e dos campos manchados de sangue e mais uma vez vê aquilo que previu tornar-se realidade. Ambos são definitivamente derrotados, abandonando a ilha enquanto Eduardo IV, o primeiro rei da Inglaterra originário de Iorque, sobe ao poder.
Os Woodville regressam à sua casa de campo, afastados da corte e Jacquetta dedica-se aos filhos, nomeadamente à sua filha Isabel, para quem prevê um futuro extraordinário e surpreendente: uma mudança de destino, o trono da Inglaterra e a rosa branca de Iorque.

Tenho a confessar que este não é dos livros mais empolgantes de Philippa Gregory. Deixo-vos as palavras sábias de Jacquetta que resumem a história do livro: «Dizemos que somos os governantes deste país, mas não agimos de acordo com a lei. Dizemos que lideramos estas pessoas, mas não as conduzimos à paz e prosperidade. Nós, os seus senhores, brigamos uns com os outros, trazendo a morte até às suas portas como se as nossas opiniões, pensamentos e sonhos valessem muito mais do que a segurança deles, a sua saúde e os seus filhos.»

terça-feira, 13 de março de 2012

82ª feira do livro de Lisboa

Para quem gosta da feira, já há datas: de 24 de Abril a 13 de Maio, no Parque Eduardo VII.
Está a chegar... comecem a fazer a lista.

domingo, 11 de março de 2012

Pessoa - plural como o universo


Na Fundação Calouste Gulbenkian está patente uma exposição sobre a obra de Fernando Pessoa e seus heterónimos: Fernando Pessoa - plural como o universo.
De forma esteticamente atraente e simples, são dados a conhecer vários textos deste múltiplo poeta.
Vale bem a pena visitar!
E depois... dar um passeio pelos magníficos jardins da fundação.


domingo, 4 de março de 2012

Um Homem: Klaus Klump

Foi este o primeiro livro de Gonçalo M. Tavares. Foi o primeiro escrito por ele e é também o primeiro que li dele. 
Tem uma escrita estranha, ideográfica. Perdemo-nos no fio da história e das personagens, nos diálogos e/ou pensamentos.
Sabemos que se trata de um país qualquer em guerra, com muitas crueldades e sofrimento. Com personagens disfuncionais, algumas com pensamentos de um humor negro e cínico simultaneamente.
Há um cavalo a apodrecer longamente nas ruas de uma cidade, há a prisão de Klaus Klump, há a amante deste e a sua mãe louca, há o homem rico da cidade...
Não sei que mais dizer. Talvez por ser o meu primeiro contacto com o autor, talvez por ser a sua iniciação na escrita, o resultado não me agradou particularmente.
Concluí a leitura mais por ser um livro estranho do que por me estar a agradar.